Quinto dia

Natália Mylonas 

Alexandre Herchcovitch

Alexandre Herchcovitch inovou mais uma vez com o desfile de abertura do quarto dia do São Paulo Fashion Week. Ele se inspirou no seu símbolo maior, a caveira, e na morte para mostrar ao público a coleção de inverno. Os modelos vieram com os rostos pintados e com a cabeça raspada. No chão, a passarela estava coberta de folhas pretas. Cores? Preto, branco, vermelho, cinza e marinho. Peças de alfaiataria são usadas sobrepostas com capas feitas de telas, o que deu efeito de transparência, leggings, ternos, blusas com estampas em xadrez e casacos estilo canguru.

OEstúdio

Diferente. Essa é a base da apresentação da grife OEstúdio. Com um desfile totalmente virtual, a marca apresentou seu outono-inverno 2010 através de um telão, cuja mensagem começava com: Para se desenvolver tem que se envolver! Tema que foi inspirado em um menino de 11 anos com paralisia cerebral. Por isso a grife trouxe roupas fáceis de vestir. Além disso, a coleção trouxe muita listra, quadriculado e desenhos bem sutis. Em termos de cores, preto, rosa, amarelo e turquesa. O que mais deu destaque foi o make. Apenas respingos coloridos. Com criatividade, ousaram.

Jefferson Kulig

O tema deste ano da coleção do Jefferson Kulig misturou conceitos (como o futurismo) e tecidos (como o tule) coisa que não havia feito até então. Jefferson apostou em vestidos, na sua maioria, quase sempre curtos de jérsei com drapeados e paetês. Claro que ele não ficou apenas nesse tipo de vestuário. Com calças bem sequinhas há a possibilidade de ver a proposta inicial do estilista: Uma coleção pra lá de moderna.

Neon

Neste ano, a Neon, idealizado por Dudu Bertholini, veio com um tema “selvagem”. Com uma estátua de leão no meio da passarela, o estilista mostrou na sua coleção, modelos vestidas em trajes de caça e botas coloridas, vestidos com prints de bichos e até formas que imitavam animais. O destaque ficou com o vestido de tucano e o Kaftan de coruja.

Wilson Ranieri

O estilo da coleção de Wilson Ranieri trouxe para as passarelas macacões tão largos que podem ser confundidos com vestidos, peças de alfaiataria, mas bem confortáveis. Peças em tweed, algodão, seda misturadas ao tecido estilo vinil. Na cartela de cores, os tons usados foram rosé, grafite e vermelho, todos eles em sintonia.

Lino Villaventura

Peças que pareciam verdadeiras esculturas. Lino Villaventura mostrou na sua coleção de inverno 2010, vestidos estruturados de tafetá, organza e gaze de seda pura, quase sempre transparentes, aplicação de pérolas, cristais Swarovski e vidrilhos, além de várias texturas especialmente patchworks, bordados e nervuras. Destaque para os acessórios, incluindo os chapéus, enormes.